A cara da ciência brasileira
13/10/2010

"A Ciência que eu Faço" reúne depoimentos, em vídeo, de pesquisadores sobre seu envolvimento com a atividade científica

A série "A Ciência que eu Faço" fará parte da edição 2010 da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontecerá de 18 a 24 de outubro em todo país.

 

A iniciativa reúne entrevistas gravadas em vídeo nas quais pesquisadores de vários ramos da ciência, além de divulgadores científicos, relatam os motivos de seu envolvimento com a ciência, assim como os incentivos e as dificuldades enfrentadas em sua trajetória profissional. O intuito é apresentar a "cara" da ciência que está sendo feita no Brasil.

 

"O projeto busca despertar vocações entre os jovens, e estimular o comprometimento desses com as necessidades do povo brasileiro. A grande quantidade e a variedade de participações atestam a adesão da comunidade técnica e científica à iniciativa" diz Artur Pereira Nunes, coordenador geral do Escritório Regional do MCT no Sudeste.

 

A jornalista Vera Pinheiro, idealizadora do projeto, ressalta que os vídeos de curta duração (em torno de 7 minutos) são direcionados a professores e estudantes da educação básica. A ideia é que eles possam contribuir para a escolha profissional desses jovens.

 

"O trabalho mostra que a ciência não é feita por gênios. São pessoas normais que se dirigiram para a ciência porque foram incentivadas por um professor, por um amigo ou pelos próprios pais; ou, ainda, porque tiveram uma experiência ou um acontecimento marcante em sua infância ou juventude. Todos têm em comum a curiosidade, uma característica fundamental nas carreiras científicas", destaca Vera.

 

Alguns pesquisadores nunca tiveram dúvida na escolha de sua profissão, como é o caso do Mário Novello, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), que sempre quis ser cosmólogo, ou Carlos Oiti Berbert, coordenador geral das Unidades de Pesquisa do MCT, que quis ser geólogo desde que leu o livro 'O Poço do Visconde', de Monteiro Lobato.

 

Em outros casos, como o de Luis Manuel Rebelo Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), foi a vivência da Revolução dos Cravos, em Portugal, que acirrou nele à vontade de se aproximar das ciências políticas e estudar as relações internacionais.

 

Já Cláudio Mello, neurocientista, pesquisador do Instituto de Neurologia da Oregon Health and Science University, iniciou sua busca pelo conhecimento científico em casa, incentivado pelo pai, o neurocirurgião Paulo Mello.

 

Já estão no ar quase cem depoimentos no endereço eletrônico da Semana Nacional de C&T (http://semanact.mct.gov.br) e no YouTube.

 

Treze destes depoimentos estarão disponíveis dentro do conjunto de vídeos de divulgação científica do projeto VerCiência, que são enviados para as secretarias regionais da Semana Nacional de C&T e daí para instituições de ensino e pesquisa em todos os estados.

 

"A Ciência que eu Faço" é uma iniciativa do Escritório Regional do MCT no Sudeste, com apoio do Departamento de Difusão e Popularização de C&T do Ministério da C&T e da Finep.

(Informações do Escritório Regional do MCT no Sudeste)