Para Capes, transparência é marca da Avaliação Trienal 2010
10/09/2010

Avaliação incluiu cerca de 900 consultores que trabalharam na análise de 2.900 programas de pós-graduação distribuídos em 46 áreas do conhecimento

A marca da Avaliação Trienal 2010 foi a transparência. É o que afirma o coordenador-geral de Atividades de Apoio à Pós-Graduação, Geraldo Nunes Sobrinho. Na última sexta-feira, 3, com o encerramento da reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), que deliberou sobre os resultados da Avaliação, as opiniões do corpo técnico da Diretoria de Avaliação destacaram a interação da equipe e a evolução obtida no processo.

 

O coordenador explica que a divulgação prévia de documentos importantes de maneira sistematizada foi fundamental para o sucesso da Avaliação. "Tanto as comissões quanto, posteriormente, o próprio CTC-ES foram muito beneficiados com essa preparação prévia para condução dos trabalhos", argumenta Nunes.

 

O processo minucioso da escolha de consultores foi enfatizado pelo assessor da Diretoria de Avaliação, Adalberto Carvalho. "A Avaliação aqui é feita de uma maneira muito criteriosa e iniciou-se com a definição das comissões de avaliação. As pessoas que vêm fazer avaliação são decisivas do ponto de vista de sua experiência, da sua capacidade técnica. O processo ganha muito com a definição acertada dos membros", explica.

 

Já a coordenadora de Avaliação e Acompanhamento, Elionora Cavalcanti de Barros, afirma que "a Avaliação é a coluna mestra das ações que a Capes desenvolve", considerando que também aponta elementos importantes para a adoção de iniciativas no contexto de outras diretorias da agência. Ela destaca os avanços no setor. "Estive aqui em 2004 e em 2007, e sinto que progredimos muito em função das condições físicas e humanas hoje disponibilizadas o que proporcionou o sucesso desse processo todo", afirma.

 

Interação

 

A avaliação incluiu cerca de 900 consultores que trabalharam na análise de 2.900 programas de pós-graduação distribuídos em 46 áreas do conhecimento. Para Adalberto Carvalho, o crescimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação, da ordem de 20% de trienal a trienal, impõe a ampliação da base de apoio aos consultores que fazem o trabalho de conteúdo da Avaliação.

 

O intercâmbio entre diferentes áreas da Coordenação é apontado pelo corpo técnico da Diretoria como um dos responsáveis para que o processo fosse bem sucedido. "A Avaliação Trienal mobiliza e exige a interação de diferentes áreas da Capes", define o assessor.

 

O trabalho conjunto com o setor de informática, por exemplo, foi fundamental para o processo, afirma a coordenadora de Gestão da Informação, Cássia Donato. "Houve um esforço enorme da equipe para melhoria dos aplicativos e disponibilização de informação às comissões para preparação de relatórios tradicionais", afirma. Mesmo durante a Avaliação Trienal, aconteceram reuniões para o redirecionamento de problemas que eram identificados e necessitavam de correção.

 

Os treinamentos da equipe para dar o suporte necessário durante a avaliação começaram semanas antes do processo. "Nós fizemos vários treinamentos com a equipe para que todos tivessem o conhecimento necessário para assessorar adequadamente as pessoas, as comissões de avaliação e os relatores. Acredito que esse momento prévio da Avaliação foi bastante importante", explica a coordenadora, que participa de uma Trienal pela primeira vez.

 

A coordenadora-geral de Avaliação e Acompanhamento, Ana Maria Ferreira Leite, por sua vez, já participou de outros três processos de Avaliação Trienal. Para ela, a edição de 2010 possuiu mudanças substanciais. "Desde a infraestrutura, até as condições de uso de sistemas de apoio à avaliação, passando pela experiência dos grupos de consultores, aconteceram melhorias significativas, Mesmo com o crescimento do sistema, ainda assim foi possível realizar tudo em tempo muito menor que em ocasiões anteriores", afirma.

 

Tendências

 

A avaliação cumpre o papel de analisar o panorama dos programas de pós-graduação no Brasil. Durante o processo, podem ser aprendidas lições para o futuro. Ana Maria Leite acredita que algumas experiências do passado podem ser redefinidas para futuras avaliações. Uma delas é a presença de membros externos às comissões.

 

"Trata-se da participação de docentes e pesquisadores atuantes em instituições estrangeiras que poderiam contribuir na avaliação de programas nacionais que apresentem desempenho equivalente aos centros internacionais de excelência e que já tenham alcançado projeção internacional", explica.

 

Outra tendência que pode acontecer, explica a coordenadora, é a diferenciação na periodicidade da Avaliação. Ela seria feita em blocos, em momentos distintos.

 

"Imagino que a tendência seja essa: avaliações em períodos diferenciados. Para os programas de pós-graduação mais jovens, avaliações com periodicidade mais curta e para aqueles que já são mais maduros, um intervalo maior entre uma avaliação e outra", explica.

 

Resultados

 

A divulgação dos resultados da Avaliação Trienal está prevista para o dia 13 de setembro e fornecerão subsídios para a definição de planos e programas governamentais de desenvolvimento e investimentos no Sistema Nacional de Pós-Graduação.

 

Os programas recebem notas na seguinte escala: 1 e 2, que reprovam o programa; 3 significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4 é considerado um bom desempenho; e 5 é a nota máxima para programas com apenas mestrado. Notas 6 e 7 indicam desempenho equivalente ao alto padrão internacional.

 

O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação, reconhece os resultados da Avaliação Trienal da Capes. É importante ressaltar que os cursos que não possuem a recomendação da Capes, não são autorizados pelo MEC e, por este motivo, não podem conceder certificados válidos de mestre e doutor.

(Assessoria de Imprensa da Capes)